Delicadeza
E ela dançava, dançava
como se isso fosse à última coisa que faria. Sentia a música enquanto deixava o
som delicado e minucioso das batidas determinadas da música, que mesmo
descoordenada, tentava seguir.
Ela dançava e você a
analisava. Analisava cada centímetro de seu corpo, cada movimento, cada curva
que seus pés faziam, sem fazê-la desequilibrar e cair no chão quente de
madeira.
Sua delicadeza o impressionava, enquanto bebericava o
copo em sua mão. A bebida que seu copo continha, se mexia com a mesma destreza
que os cabelos esvoaçantes da jovem.
O modo que ela dançava era como uma borboleta prestes
a alçar voo e sumir no horizonte.
E agora, era você que acompanhava, você que regia
aquela deliciosa canção enquanto ela fugia do encontro de seus olhares e suas
bochechas enrubesciam. Ela gostava da sensação de ver que não só ela sentia a
música como você também sentia.
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